A sanção da lei sobre aborto causou grande repercussão entre parlamentares cristãos
A presidente Dilma Rousseff estaria convencida que a aprovação por unanimidade da lei contra a violência sexual, que ganhou uma grande repercussão por teoricamente ser uma liberação branca do aborto no Brasil, teria sido uma armadilha contra ela armada pela bancada evangélica na Câmara e no Senado.
A afirmação é do jornalista Lauro Jardim, colunista da revista "Veja", que afirma ainda que a presidente atribui a suposta armadilha ao deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
A sanção da lei pela presidente causou grande repercussão entre parlamentares cristãos, que afirmam que Dilma Rousseff estaria descumprindo seu compromisso de campanha com os grupos religiosos. Durante a campanha eleitoral de 2010, a então candidata a presidente assinou um documento se comprometendo a não aprovar leis que permitam a liberação do aborto no país.
Sobre a promessa de campanha, a presidente teria dito a uma ministra que está cumprindo o que prometeu, não ampliando a legislação que trata do atendimento de casos de abortos no SUS – mas sem retroceder.
Sobre a suposta desconfiança da presidente, Eduardo Cunha respondeu afirmando se tratar de "uma infantilidad"e, e disse também ter ficado "surpreso com a aprovação da lei".
"É uma infantilidade pensar que as coisas aconteceram assim. É por isso que a coordenação do governo no Congresso está dessa maneira. É uma maldade. Eu fui surpreendido com o que aconteceu no plenário", afirmou o deputado.
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