Uma criança que nasce com 5 meses tem menos de 20% de chances de sobreviver, explicam os médicos. Quando Marie Massey, 42, entrou em trabalho de parto, ela se perguntou se a filha resistiria.
Com apenas 450 gramas, a menininha era a menor na UTI neonatal onde ficou por quatro meses. A mãe sabia que por causa da sua idade, seria uma gravidez de risco. Mas quando sentiu uma indisposição enquanto ia para o trabalho de trem, não imagina que algumas horas depois daria a luz à Faith. Ela mal havia completado 23 semanas de gestação.
Quando chegou ao banco onde trabalha, começou a sentir dores na barriga. Um colega de trabalho percebeu que ela não se sentia bem e insistiu para ela ir para casa. Relutante, Marie ligou para seu obstetra que a mandou correr para o hospital.
A pequena Faith, cujo nome em inglês significa Fé, corria o risco de sofrer paralisia cerebral, hemorragias cerebrais e outras complicações. A probabilidade de ela ficar sem sequelas eram mínimas. “Os médicos não achavam que ela iria viver, mas eu sabia que sim”, contou Massey à rede de TV ABC.
Os médicos procuravam não gerar expectativa nos pais. No final, o caso foi noticiado em programa de TV por ser considerado um verdadeiro “milagre”. O doutor Michael Espiritu, que fez o parto afirma que Faith era a menor bebê que ele já vira nascer viva. Ele conta que o parto prematuro ocorreu porque havia uma infecção na placenta da Massey. Para os médicos era uma questão de horas, no máximo dias até ela falecer.
Os meses seguintes, a família sofreu com a peregrinação diária até a UTI neonatal. Foram 120 longos dias. Finalmente, a menina recebeu alta e pode voltar para casa. Ao completar um mês em casa ela está com 5 quilos. Depois de todos os exames feitos, Faith não terá nenhuma sequela. Por isso, foi apelidada pela mídia de “bebê milagroso”.
Durante a entrevista para a TV, Massey revelou o que lhe dava a segurança que a filha viveria, mesmo contrariando as expectativas médicas. Ela conta que na noite anterior ao nascimento da filha teve um sonho. Nele, Deus lhe dizia que iria cuidar de sua filha, mas ela precisava ter fé. Por isso a menina tem esse nome. Evangélica, Massey disse que no primeiro momento não entendeu, mas com o passar do tempo foi ficando cada vez mais claro que a menina de fato era um “milagre vivo”.
O doutor Espiritu atesta que o fato de Faith não precisar de cirurgia e que seu cérebro está intacto, realmente foge ao entendimento da medicina. Mesmo assim, pede que a família acompanhe de perto a saúde da filha nos próximos anos. “Ela surpreendeu a todos que cuidaram dela aqui no hospital… As pessoas a estão chamando de milagre, pois ela realmente foi contra todas as expectativas. É incrível que ela chegou até aqui como podemos ver”, concluiu.
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